Já ouvi os dois os lados, embora nem sempre abertamente.
“Quantas pessoas tem ido àquela igreja? É muita gente! Deve ser a música. Ou quem sabe eles possuem um jogo de luzes e uma maquina de fumaça. Eu espero que nós nunca nos vendamos como eles”
Ou,
“Quantas pessoas ainda vão àquela igreja? Ela é tão pequena! Há anos não batizam ninguém. Sua influência e importância são praticamente nulas. Espero que nunca sejamos irrelevantes como eles”
Eu percebo que as pessoas raramente opinam tão sinceramente, mas os sentimentos estão lá. E ambos os lados tem seu ponto. Algumas grandes igrejas têm mais shows do que substância. Devem ter milhares de membros, mas sacrificam a maturidade, profundidade, a pregação baseada na verdade, a eclesiologia bíblica e, talvez, até mesmo o evangelho, para chegar lá. Por outro lado, algumas igrejas pequenas estão atrasadas e isoladas. Eles podem falar sobre bastante sobre lutar pela verdade, mas seu pequeno tamanho fala menos sobre a coragem do evangelho do que, de fato, fala sobre serem supercríticos, retrógrados das piores maneiras e despreocupados com os perdidos.
As igrejas podem ser grandes ou pequenas por todas as razões corretas. Ou por todas as razões erradas. Nós simplesmente não devemos concluir que ser grande é melhor ou ser pequena significa mais santa. Aos olhos de Deus, o sucesso da nossa igreja, e de seu pastor, é mensurado por critérios mais importantes do que a frequência nos finais de semana. Enquanto não devemos ter medo ou sermos automaticamente céticos em relação ao números – eles, no melhor dos casos, representam pessoas, afinal de contas; pessoas que estão ouvindo o evangelho e dando frutos – também não devemos ser obcecados por eles. Toda igreja é diferente, com locais, dons, oportunidades, capacidades, facilidades, pessoas e contextos culturais dos mais variados, e não podemos ser tão grosseiros em pensar que grandes igrejas estão sempre fazendo coisas melhores do que as igrejas pequenas. Certamente a ênfase deve ser na fidelidade.
Se um abençoado esquecimento sobre o número de membros parece anti-missional, nós deveríamos ouvir Leslie Newbigin, ainda um dos melhores teólogos dos círculos missionais, quando ele resume a abordagem sobre números no Novo Testamento:
Sábias palavras. Nós amamos ver mais pessoas amando Jesus e vivendo em conformidade com os seus mandamentos, mas não devemos pensar que o tamanho da igreja, quando julgado pelo único Juiz que realmente importa, é a medida confiável do sucesso de uma igreja ou a fidelidade de um pastor.
2 comentários:
Complicado quando falamos de crescimento em relação a numero de membros ou tamanho fisico do predio. Esquecemos que a preocupação não é essa, deveriamos nos preocupar se estamos pregando o verdadeiro evangelho, se as pessoas estão se agregando na comunidade estão buscando verdadeiramente a Deus.
A Igreja só precisa ser igreja para atrair pessoas nada mais!
Muio boa reflexão! Ainda hoje julgamos pelas aparências... Parece que não nos damos conta de nada!
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