terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Relacionamentos


Falar de relacionamento não é uma tarefa nada fácil. É um assunto abrangente e que pode ter varias vertentes: relacionamento com Deus, relacionamento com o cônjuge, relacionamento com os filhos, relacionamento na igreja e etc.
Entretanto existe algo incomum em todos os tipos de relacionamento: “o interesse”! Ouso dizer que devido a nossa natureza pecaminosa nós sempre nos relacionamos por algum interesse ou beneficio, sempre em obter vantagem ou satisfação de nossas necessidades. Há uma forma de barganha um “toma lá da cá”.

 Na época em que cursei Licenciatura em Pedagogia na UFPB um professor de historia da educação causou polemica na sala de aula ao afirmar que o casamento nada mais é do que o relacionamento de troca entre um homem e uma mulher. Ele explicou que para ter sexo o homem oferece uma estabilidade a mulher, de certa forma aqueles que não conhecem a Deus inconscientemente vivem esse relacionamento de troca.

Nas relações diárias também somos interesseiros e queremos que todas as nossas expectativas sejam supridas. Vamos chegar ao seguinte ponto: nesses tipos de relacionamentos temos nossos próprios interesses e não sabemos perder, não sabemos lidar quando algo frustra as nossas expectativas.
Vamos falar dos relacionamentos diários: igreja, família e trabalho, onde a principio deveria ser prazeroso já que nos consideramos conhecedores da palavra de Deus.

- Será que nós cristãos sabemos sair no prejuízo?
- Sabemos agir quando somos humilhados?
- Sabemos abrir mão daquilo que achamos certo?
- Como reagimos diante dos desejos não realizados?

Quero focar na questão da perda, como não sabemos perder vamos olhar na perspectiva de Deus e de Jesus. Como somos falhos, nos relacionamentos focamos nossos interesses e satisfações e ainda não sabemos lidar com a perda e quando olhamos para Deus nos esquecemos que para retomar o relacionamento conosco não computou como perda entregar seu filho amado na Cruz. Cristo também em nome da reconciliação e do relacionamento entregou-se a morte como ovelha muda e ainda para nos consolar deixou o Espírito Santo.

No final das contas houve mais “perdas” por parte de Deus do que da nossa parte.  Exemplo maior de relacionamento com o próximo sem interesses foi o de Jesus Cristo:

- Desceu do seu trono onde estava sentado a direita de Deus Pai para nos servir;
- Foi humilhado;
- Foi escarnecido;
- Foi zombado;
- Foi abandonado;
- Foi crucificado;

Nas suas relações sempre pensava no próximo.  Pregou que deviríamos nos doar para os outros, e nós? E mesmo passando por tudo isso sem ter “culpa no cartório” ainda falou: “Pai perdoa-lhes, pois não sabem o que fazem.”

Que nós aprendamos a nos relacionar assim como o mestre se relaciona conosco!

“A multidão que se relacionava com Jesus atrás dos seus milagres, ou seja, da satisfação dos seus interesses foi à mesma que pediu para crucificá-lo”
#Pense Nisso

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