O Centro Americano de Lei e Justiça (ACLJ) confirmou no último sábado, (3), por meio de fontes próprias no Irã, que o pastor Youcef Nadharkani está vivo e negou os rumores nas redes sociais divulgando falsas imagens e informações sobre sua morte.
Fotos atribuídas a um suposto enforcamento do líder religioso – que estava com os olhos vendados - circularam nas redes sociais e foram classificadas pelo organismo norte-americano como falsas e desatualizadas.
Apesar de ter certeza de que Nadharkani se encontra vivo, o ACLJ acredita que os tribunais iranianos já tenham emitido uma ordem de execução. Já aconteceu na história do país que execuções tenham ocorrido sem que isso tenha ido a público, e o prisioneiro morto muitas vezes é deixado na porta da casa de sua família.
A pressão internacional pela libertação do líder é de suma importância para garantir que realmente ocorra. A postura de inúmeros organismos internacionais, como a Casa Branca, o Departamento de Estado do EUA, a União Europeia e o secretário de Relações exteriores britânico, William Hague ,em favor da liberdade religiosa e dos direitos humanos, tem ajudado a manter vivo o pastor.
O Brasil também vem atuando sobre o caso, aproveitando as boas relações que tem com o país árabe. Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, o embaixador do Brasil no Irã, Antonio Salgado, tem efetuado contatos com assessores próximos ao líder supremo do Irã, o Aiatolá Ali Khamenei, reivindicando a libertação do pastor Youcef Nadarkhani, preso e condenado à execução pelo crime de apostasia.
O ministro de Relações Exteriores, Antonio Patriota, também confirmou em reunião com parlamentares evangélicos, que será apresentado um pedido de clemência junto ao governo iraniano em favor da libertação do pastor que se encontra em uma prisão de local desconhecido.
Não é a primeira vez que o Irã adia decisões sobre execução de presos que conseguem, por meio de repercussão e pressão internacionais, ter sua pena postergada. Segundo avaliação da Casa Civil, é difícil a previsão quanto ao tempo para o desfecho do processo do líder religioso, pois os crimes atribuídos a ele são naquele país punidos com sentença de morte.
Entenda o caso
Youcef Nadarkhani se converteu de muçulmano a cristão aos 19 anos e três anos depois já passou a praticar o evangelismo na cidade de Rasht, noroeste de Teerã. Ele chegou a liderar um grupo de cerca de 400 cristãos no Irã.
As acusações que pesam contra ele são atualmente apostasia e de tentar evangelizar muçulmanos. Ele foi inicialmente preso em outubro de 2009 por protestar contra o ensino religioso nas escolas do Islã, onde seus filhos frequentavam.
A sentença posterior para apostasia foi a execução por enforcamento, mas, após pressão internacional sobre o sistema judicial iraniano, o veredicto foi adiado. O caso foi para o aiatolá Ali Khamenei, da nação suprema autoridade, para revisão.
A esposa do pastor chegou a ser detida e condenada à prisão perpétua, mas foi libertada logo em seguida.
Foi oferecido ao pastor por três vezes a proposta de retornar ao islamismo e ser poupado da pena de morte, mas ele não aceitou negar a sua fé e continua na expectativa de sua sentença.
Fonte: Christian Post
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