O advogado do pastor iraniano Yousef
Nadarkhani, Mohammad Ali Dadkhah, foi condenado a
nove anos de prisão por defender casos ligados aos direitos humanos que não
estão sendo respeitados no Irã.
Ele pode ser preso a qualquer momento sob alegação de
ir contra o regime do governo e deverá ficar dez anos sem advogar. “Eu estava
em um tribunal em Teerã, defendendo um de meus clientes, Davoud Arianji, um
ativista político que foi preso no corredor da morte, quando o juiz me informou
sobre a minha sentença”, disse Dadkhah.
O advogado Mohammad Ali Dadkhah defende prisioneiros
políticos e religiosos sem cobrar por seus serviços e por esse motivo o Irã o
considera um inimigo do Estado alegando que ele tem “cumplicidade” com seus
clientes.
Na Páscoa ele representou legalmente 12 cristãos que
foram julgados por sua fé, esse julgamento aconteceu no mesmo tribunal iraniano
onde Yousef foi condenado a execução.
De acordo com o ACLJ (Centro Americano para Leis e Justiça)
o juiz que proferiu essa sentença foi Abolghasem Salavat, conhecido como “juiz
da Morte” por ser duro em suas decisões sempre relacionadas aos acusados de
crimes políticos e religiosos.
A organização também afirma que a sentença pode
prejudicar ainda mais a situação do pastor que está preso desde 2009 por largar
o islamismo e se tornar cristão. Com a prisão de Dadkhah, Nadarkhani fica sem
representante legal já que não há nenhum outro advogado iraniano que aceite
defendê-lo.
“Embora possamos afirmar que o pastor Yousef estava
vivo até ontem, 2 de maio, a prisão de seu advogado o coloca em grave perigo de
execução, sem mais nenhum recurso”, disse Jordan Sekulow no site da ACLJ se
comprometendo a continuar seus trabalhos para que o pastor seja libertado.
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