A Paz do Senhor Jesus, leitores.
Não sei se os irmãos já perceberam o quanto o meio evangélico tem sido alvo de toda sorte de modismos, que vão de usos e costumes, passam pela linguagem e conseguem, inclusive, adentrar as portas da igreja, influenciando na doutrina e na liturgia.
Longe de querer ser um crente extremista, mas certas coisas que permitem entrar na casa do Senhor são de todo dispensáveis. Creio eu que, na tentativa de segurar antigos membros e seduzir novas vidas, alguns líderes acabam assimilando práticas mundanas na igreja e outras sem sentido prático. Umas parecem inofensivas, são animadas, atraem os jovens; outras são descaradamente ofensivas à sã doutrina.
Cabe a pergunta: vale a pena ferir a palavra de Deus desde que se tenha uma igreja cheia de cabeças? Uso o termo ‘cabeças’ pois é exatamente assim que são denominados os animais irracionais destinados ao comércio e, muitas vezes, é desta forma a que nos assemelhamos ao não usarmos a razão para discernirmos o que nos convêm como servos e como corpo de Cristo.
Considero muito estranho quando vejo um líder, no púlpito, dando uma de ‘o mestre (com letra minúscula mesmo) mandou’ e as ovelhinhas todas obedecendo sem questionar qual a importância de tantos “olhe para o seu irmão ao seu lado e diga”, “repitam comigo tal coisa”, etc. O que Paulo fala aos Romanos no capítulo 12:1 é comumente ignorado nas igrejas.
A razão é fundamental para discernirmos nossas atitudes como a igreja que deve anunciar a volta de Jesus nesta hora. É importante esclarecer que a razão não deve ser preterida em nosso meio e temo os pastores que costumam usar a expressão “você está cheio de razão e isso não agrada ao Senhor”. Se fosse assim, o próprio Espírito Santo não teria inspirado Paulo e o feito registrar essa orientação de prestar um culto racional. Miremos os bereanos, que ficaram destacados na Bíblia pelo fato de conferirem a relevância de todas as coisas na Palavra de Deus.
A igreja de Cristo corre um sério risco se abrir mão de um posicionamento crítico diante de tantas influências externas. Temos que discernir o momento, que é de trevas, e a razão, norteada pelo Espírito Santo, pode nos conduzir à perfeita vontade do Pai e à vitória sobre o mundo. Um detalhe: a razão fundamentada na palavra de Deus jamais pode se opor à fé, pois esta, seguida dos sinais, são a prova da operação do Senhor em nosso meio e a confirmação de que Ele pode transformar vidas.
Deixemos de ser meninos na fé, gado subjugado por exatores e busquemos a maturidade espiritual, que se alcança no conhecimento da Palavra Eterna.
Dica do Leitor e Amigo Zaqueu Sampaio
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