terça-feira, 30 de outubro de 2012

Um convite à razão



A Paz do Senhor Jesus, leitores.

Não sei se os irmãos já perceberam o quanto o meio evangélico tem sido alvo de toda sorte de modismos, que vão de usos e costumes, passam pela linguagem e conseguem, inclusive, adentrar as portas da igreja, influenciando na doutrina e na liturgia.

Longe de querer ser um crente extremista, mas certas coisas que permitem entrar na casa do Senhor são de todo dispensáveis. Creio eu que, na tentativa de segurar antigos membros e seduzir novas vidas, alguns líderes acabam assimilando práticas mundanas na igreja e outras sem sentido prático. Umas parecem inofensivas, são animadas, atraem os jovens; outras são descaradamente ofensivas à sã doutrina.

Cabe a pergunta: vale a pena ferir a palavra de Deus desde que se tenha uma igreja cheia de cabeças? Uso o termo ‘cabeças’ pois é exatamente assim que são denominados os animais irracionais destinados ao comércio e, muitas vezes, é desta forma a que nos assemelhamos ao não usarmos a razão para discernirmos o que nos convêm como servos e como corpo de Cristo.

Considero muito estranho quando vejo um líder, no púlpito, dando uma de ‘o mestre (com letra minúscula mesmo) mandou’ e as ovelhinhas todas obedecendo sem questionar qual a importância de tantos “olhe para o seu irmão ao seu lado e diga”, “repitam comigo tal coisa”, etc. O que Paulo fala aos Romanos no capítulo 12:1 é comumente ignorado nas igrejas.

A razão é fundamental para discernirmos nossas atitudes como a igreja que deve anunciar a volta de Jesus nesta hora. É importante esclarecer que a razão não deve ser preterida em nosso meio e temo os pastores que costumam usar a expressão “você está cheio de razão e isso não agrada ao Senhor”. Se fosse assim, o próprio Espírito Santo não teria inspirado Paulo e o feito registrar essa orientação de prestar um culto racional. Miremos os bereanos, que ficaram destacados na Bíblia pelo fato de conferirem a relevância de todas as coisas na Palavra de Deus.

igreja de Cristo corre um sério risco se abrir mão de um posicionamento crítico diante de tantas influências externas. Temos que discernir o momento, que é de trevas, e a razão, norteada pelo Espírito Santo, pode nos conduzir à perfeita vontade do Pai e à vitória sobre o mundo. Um detalhe: a razão fundamentada na palavra de Deus jamais pode se opor à fé, pois esta, seguida dos sinais, são a prova da operação do Senhor em nosso meio e a confirmação de que Ele pode transformar vidas.

Deixemos de ser meninos na fé, gado subjugado por exatores e busquemos a maturidade espiritual, que se alcança no conhecimento da Palavra Eterna.

Dica do Leitor e Amigo Zaqueu Sampaio

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